O
aplicativo Hand Talk é um dos dois brasileiros entre os 40 finalistas mais bem
votados do WSA-Mobile, premiação da Organização das Nações Unidas (ONU) para os
melhores aplicativos móveis do mundo.
Mariana
Congo
O aplicativo Hand Talk é um dos dois brasileiros entre os 40
finalistas mais bem votados do WSA-Mobile, premiação da Organização das Nações
Unidas (ONU) para os melhores aplicativos móveis do mundo. O prêmio será entre 3
e 5 fevereiro, em Abu-Dahbi.
Criado por três empreendedores de Maceió (Alagoas), o aplicativo
tem a função básica de traduzir o português para a Língua Brasileira de Sinais
(Libras), da comunidade surda.
Mãos que falam
O Hand Talk ainda está em fase de
desenvolvimento. É um processo minucioso, segundo os criadores, pois a precisão
dos gestos é fundamental.
O avatar, batizado de Hugo, é quem faz a tradução. “As expressões
faciais são muito importantes na Libras. O personagem precisa representar os
gestos de forma clara. É como no português, em que a entonação define se uma
frase é uma pergunta ou uma afirmação”, explica Thadeu Luz, COO do projeto,
responsável pela animação em 3D e operação.
No vídeo abaixo, os criadores demonstram as três funções do app:
traduzir texto, voz e imagem para a Libras.
A Língua Brasileira de Sinais tem uma estrutura gramatical
própria, diferente do português. Por isso, parte da comunidade surda não chega a
entender textos em português.
O projeto
“Estamos entre os cinco melhores
aplicativos do mundo na categoria inclusão. Para Alagoas, para nós e para o
Brasil é muito bom estar entre grandes projetos”, diz Ronaldo Tenório, CEO do
Hand Talk, responsável pelo planejamento e marketing. Além de Ronaldo e Thadeu,
completa a equipe Carlos Wanderlan, CTO, responsável por tecnologia e
desenvolvimento.
A ideia do Hand Talk já existe desde 2008, mas começou a se
tornar realidade em 2012. O app participou do Demoday, evento de startups de
Alagoas, e foi vencedor do Rio Info em 2012, tradicional salão de
inovação.
Alguns investidores e organizações já fecharam parcerias com
o Hand Talk, dentre eles a Artemísia, que apoia negócios sociais.
“Nos chamou atenção a característica da equipe. Eles têm
conhecimentos complementares e visão de negócio, um caso raro. Muitas startups
têm boas ideias mas dificuldade de executar o trabalho”, diz Nelo Brizola,
responsável pelo programa de aceleradores de impacto da Artemísia, que recebe
inscrições o ano todo.
Ainda neste ano, o plano dos empreendedores é finalizar o
protótipo e disponibilizá-lo para aplicativos móveis e computador.
Fonte: http://saci.org.br/index.php?modulo=akemi¶metro=36731