segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Aplicativo brasileiro finalista em prêmio da ONU traduz português para língua de sinais


O aplicativo Hand Talk é um dos dois brasileiros entre os 40 finalistas mais bem votados do WSA-Mobile, premiação da Organização das Nações Unidas (ONU) para os melhores aplicativos móveis do mundo.

 
Mariana Congo
O aplicativo Hand Talk é um dos dois brasileiros entre os 40 finalistas mais bem votados do WSA-Mobile, premiação da Organização das Nações Unidas (ONU) para os melhores aplicativos móveis do mundo. O prêmio será entre 3 e 5 fevereiro, em Abu-Dahbi.
Criado por três empreendedores de Maceió (Alagoas), o aplicativo tem a função básica de traduzir o português para a Língua Brasileira de Sinais (Libras), da comunidade surda.
Mãos que falam
O Hand Talk ainda está em fase de desenvolvimento. É um processo minucioso, segundo os criadores, pois a precisão dos gestos é fundamental.
O avatar, batizado de Hugo, é quem faz a tradução. “As expressões faciais são muito importantes na Libras. O personagem precisa representar os gestos de forma clara. É como no português, em que a entonação define se uma frase é uma pergunta ou uma afirmação”, explica Thadeu Luz, COO do projeto, responsável pela animação em 3D e operação.
No vídeo abaixo, os criadores demonstram as três funções do app: traduzir texto, voz e imagem para a Libras.

A Língua Brasileira de Sinais tem uma estrutura gramatical própria, diferente do português. Por isso, parte da comunidade surda não chega a entender textos em português.
O projeto
“Estamos entre os cinco melhores aplicativos do mundo na categoria inclusão. Para Alagoas, para nós e para o Brasil é muito bom estar entre grandes projetos”, diz Ronaldo Tenório, CEO do Hand Talk, responsável pelo planejamento e marketing. Além de Ronaldo e Thadeu, completa a equipe Carlos Wanderlan, CTO, responsável por tecnologia e desenvolvimento.
A ideia do Hand Talk já existe desde 2008, mas começou a se tornar realidade em 2012. O app participou do Demoday, evento de startups de Alagoas, e foi vencedor do Rio Info em 2012, tradicional salão de inovação.
Alguns investidores e organizações já fecharam parcerias com o Hand Talk, dentre eles a Artemísia, que apoia negócios sociais.
“Nos chamou atenção a característica da equipe. Eles têm conhecimentos complementares e visão de negócio, um caso raro. Muitas startups têm boas ideias mas dificuldade de executar o trabalho”, diz Nelo Brizola, responsável pelo programa de aceleradores de impacto da Artemísia, que recebe inscrições o ano todo.
Ainda neste ano, o plano dos empreendedores é finalizar o protótipo e disponibilizá-lo para aplicativos móveis e computador.
 

Fonte: http://saci.org.br/index.php?modulo=akemi&parametro=36731


 

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